Sr. Empresário. Poderia responder a essas 3 perguntas?

Nesse mundo de Design, MKT, publicidade de seus desdobramentos, em conversas com alguns empresários percebi que entre todas as variáveis que são ditas, algo vem sendo dito com uma certa frequencia.

“Eu tirei meu site do ar. Essa história de ter site é muito antiga. Agora estou só no Facebook, tá todo mundo lá mesmo.”

Não vamos questionar a decisão desses empresários, cada um tem o direito de administrar sua estratégia como achar que deve. Mas gostaria que antes de fazer algo parecido, vocês me acompanhassem num raciocínio construído a partir de 3 perguntas. Vem comigo?

(Acho que acabamos questionando a decisão dos empresários, mas vamos em frente.)

1. Você pode ser encontrado?

Se nesse exato momento alguém estiver com um problema cujo solução a sua empresa é capaz de fornecer, ele vai conseguir encontrá-la? Pense em uma borracharia, um serviço de reboque, uma pizzaria delivey ou um restaurante. Serviços que sempre que procurados, envolvem uma certa urgência. (Considero vontade de comer pizza uma urgência).
No caso da borracharia e do reboque, pense no contexto da situação. A pessoa possivelmente estará no meio da rua com o carro parado e terá que resolver tudo pelo celular.

2. A sua marca resolve o meu problema?

Ok. Você passou da primeira etapa. A sua marca foi encontrado de alguma forma, a pessoa sabe que sua empresa existe, mas será que isso é o suficiente para que a jornada avance? O dono do problema tem toda a informação necessária para perceber se você realmente pode resolver o tal problema?

Dúvidas que pairam no ar nesse momento:
1. Será que esse estabelecimento (essa palavra é sensacional) está aberto agora?
2. Estou sem dinheiro. Será que eles aceitam cartão de crédito?
3. Ninguém está atendendo nesse número que consta aqui. É porque está fechado ou porque o número está errado? Será que isso realmente existe?
4. Será que eles tem opções de pizza para veganos?

Horário de funcionamento, formas de pagamento, endereço, canais de contato, produtos disponíveis, isso é o básico que uma pessoa pensa em encontrar, para a partir disso considerar sua marca uma opção.

3. Por que você e não o concorrente?

Para os que sobreviveram à segunda etapa, vamos aos próximos pensamentos e dúvidas que o seu cliente em potencial está enfrentando agora:

“Ei galera. Aquele restaurante XYZ está aberto agora e aceitam cartão. Mas será que essa lá é legal? Nunca ouvi falar deles e só tem um cara aqui falando que os pratos costumam demorar bastante.”

E aí. Sua marca tem informações suficientes para que o cliente possa te escolher ao invés de continuar a sua saga em busca da solução perdida? Avaliações positivas, dúvidas respondidas em tempo hábil, qualidade do atendimento, preço ou algum produto diferenciado, seria interessante isso estar informado em algum lugar.

Agora que temos alguns parâmetros acho que fica mais fácil decidir se ter um site é realmente necessário. Ou estar no Facebook, ou em ambos.

Antes que eu esqueça. Estar no Facebook apenas não significa nada, assim como apenas ter um site online também não. Mas isso é assunto para outro texto.

Agora vamos ser legais com nossos clientes e deixar esse tapete estendido sempre que ele precisar.


Quando o responsivo não é o bastante

Há alguns anos, temos visto o termo “ responsivo” presente no vocabulário de quem trabalha com interfaces, no início era o novo queridinho de todos que queriam demonstrar que estavam atualizados com as tecnologias e teve gente (ou ainda tem) vendendo ele como diferencial. De uma forma ou de outra, há inúmeros motivos para você ter o seu site sempre pronto para as diversas variações de tela.

Por definição, o termo responsivo envolve apenas a parte de adaptação de conteúdo às diversas telas, mas pensar mobile vai muito além de trocar um menu inline por 3 tracinhos no canto superior direito.

1. Leve em consideração o contexto que o seu site será usado.

Em qual contexto alguém acessaria o seu site pelo celular? Ok, ele pode estar deitado no sofá de casa, com um wifi de 300MB, mas existe a grande possibilidade dele estar no meio da rua com um 3G meia boca precisando urgentemente do endereço da sua empresa. Pense nisso.

2. Texto responsivo

Muitos designers costumam acrescentar blocos de conteúdo quando saem da versão mobile pra desktop. Ao invés de esconder/mostrar blocos de conteúdo nas versões diferentes, experimente criar conteúdos distintos. Um texto que diga algo em um único parágrafo pro mobile e outro com um pouco mais de informação nas versões maiores. Junte isso com a dica anterior e a experiência do seu site poderá ser completamente diferente.

3. Deixe o usuário a vontade

O cara já se deu ao trabalho de entrar no seu site, então ele merece um mínimo de respeito, certo? Ao invés de bombardea-lo com ofertas, promoções e chances imperdíveis, forneça o mínimo de liberdade para que ele decida o que fazer no site. Considerando que o espaço visual disponível em um celular é bem menor, iniciar a navegação com um NÃO PERCA AGORA ESSA GRANDE CHANCE pode não ser tão interessante.
O ideal é facilitar o acesso às principais tarefas que o seu site oferece. Só cuidado de usar isso com cautela. Dar opções demais pode prejudicar e fazer com que ele não saiba o que fazer. Um exercício de empatia vai te ajudar a entender quais opções devem ser priorizadas.

4. Cuidado com os excessos.

Sabe aquele formulário com 24 campos que tem na página trabalhe conosco? Já parou pra pensar como seria isso no celular? Caso não seja possível criar uma experiência agradável ao usuário, considere omitir algumas opções muito complexas. Para que manter a opção de "download do manual em PDF"? Talvez seja impossível esse manual ser visualizado numa tela minúscula.

Agora corre lá e da uma olhada se seu ponto de vista mudou naquele novo projeto. ;)